O Laboratório de Inovação e Design para o Artesanato Competitivo (Labin) abriu as portas para receber cerca de 30 artesãs na Oficina de Desenvolvimento de Produtos em Crochê. A capacitação, que teve início nesta segunda-feira (2), reúne crocheteiras residentes em João Pessoa e Cabedelo, com o objetivo de apresentar novas possibilidades de peças com a tipologia do crochê. A atividade se estende até quinta-feira (5).
A Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho de João Pessoa (Sedest) é responsável pela gerência técnica e coordenação do Labin. A oficina está sendo promovida através de parceria do Laboratório com o Programa do Artesanato Paraibano (PAP), Sebrae e Prefeitura de Cabedelo. “A ideia da oficina é justamente ampliar os horizontes para que essas artesãs, antes habituadas a produzir peças de vestuário, também criem produtos utilitários, como luminárias de crochê, que são nosso foco aqui”, explicou Marianne Góes, diretora de Economia Criativa da Sedest.
A designer mineira Laila Assef foi convidada para ministrar a atividade. Ela destacou que as crocheteiras participantes possuem habilidades de sobra. “Inclusive, elas me ensinam bastante, para, assim, eu poder ajudá-las. Trouxemos estruturas e elas trouxeram ferramentas de trabalho, como tesouras e agulhas, além de algumas sobras de linhas, para mostrarmos como aproveitá-las. Até quinta, trabalharemos em torno da produção das luminárias”, contou.
Daniel Farfán, diretor de Artesanato da Secretaria de Cultura de Puebla, no México, está participando da oficina, dando auxílio à Laila. Ele disse que estava vibrante com a oportunidade de conhecer artesãs com tanta sede de conhecimento. “Fomos ensinados por mestres, tempos atrás. Agora, estamos aqui fazendo o mesmo. E gosto muito de ver como as artesãs paraibanas buscam aprender. Realizamos diagnósticos e estamos discutindo juntos. E o artesanato é isso: compartilhar”, disse.
Parcerias – Essa não é a primeira vez que uma oficina para desenvolvimento de novos produtos acontece em parceria entre duas cidades. Em julho do ano passado, o Labin uniu João Pessoa e Monteiro para realização de uma atividade voltada à confecção de luminárias a partir da renda renascença. Agora, a proposta foi direcionada para o litoral.
“O Labin tem sido um importante fio condutor, com demais parceiros, para possibilitar essa interação com artesãs de outros municípios, gerando esses trabalhos de tanto valor agregado e inovação. E a ideia é seguir firmando parcerias como essas, com cidades que apoiem e queiram desenvolver o artesanato, procurando trabalhar tipologias distintas em cada oficina a fim de alcançar o maior número de artesãos possível”, concluiu Marianne.