Após casos de violência da PM, Tarcísio diz que algo ‘não está funcionando’ e passa a defender câmera na farda de policiais: ‘Tinha visão equivocada’

Após uma série de casos recentes de violência policial, o governador de São PauloTarcísio de Freitas (Republicanos) admitiu nesta quinta-feira (5) que “tinha uma visão equivocada” sobre o uso de câmeras corporais na farda dos policiais militares e disse que hoje está “completamente convencido de que é um instrumento de proteção da sociedade e do policial”. Ele acrescentou que não apenas vai manter o programa como o ampliará.

Você pega a questão das câmeras: eu era uma pessoa que estava completamente errada nessa questão. Eu tinha visão equivocada, fruto da experiência pretérita que eu tive. Não tem nada a ver com a questão da segurança pública. Hoje, estou completamente convencido que é um instrumento de proteção da sociedade e do policial. E nós vamos não apenas manter, mas ampliar o programa. E tentar trazer o que tem de melhor em termos de tecnologia.

— Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo

Desde a campanha eleitoral em 2022, o então candidato ao governo do estado fez reiteradas críticas às câmeras nos uniformes dos PMs e defendeu que o seu uso fosse reavaliado. Ele chegou a dizer que não estava preocupado com as mortes causadas por PMs e, sim, com a “letalidade dos bandidos”.

Em janeiro deste ano, afirmou que as câmeras não ofereciam segurança efetiva na vida do cidadão e que a sua gestão não iria investir em novos equipamentos. “A gente não descontinuou nenhum contrato. Os contratos permanecem. Mas qual a efetividade das câmeras corporais na segurança do cidadão? Nenhuma”, disse à época.

Agora, pressionado pela crise na segurança, o governador afirmou reconhecer a importância do equipamento e que o novo modelo só entrará em operação depois de testadas todas as funcionalidades.

“Se ele [o PM] esquecer de acionar [a gravação da câmera], tem o acionamento remoto. E a gente vai testar todas as funcionalidades, porque elas não entram em operação até que todas essas funcionalidades deem segurança pra nós”, afirmou.

Segundo ele, enquanto isso, o uso dos atuais equipamentos será prorrogado “até que a gente forme convicção de que a gente está com um produto nas mãos e que vai atingir a finalidade a que se destina”.

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