No início desta semana, acordamos com uma excelente notícia: os dados mais recentes apontam a Paraíba como um dos lugares mais seguros do país para se viver quando o assunto são crimes patrimoniais. Os números são louváveis e remetem à lembrança de um tempo atrás, quando foi lançado o programa “Paraíba Unida pela Paz”.
É verdade que estamos vivendo um momento jamais visto em nosso estado, onde as forças de segurança têm demonstrado uma integração real e eficaz. Mas não podemos esquecer que segurança pública é um trabalho feito por muitas mãos. Não se deve ignorar o passado. Hoje a realidade é outra, mas isso é fruto do trabalho contínuo de valorosos homens e mulheres que vêm dando o sangue há muitos anos para chegarmos até aqui.
Falo com conhecimento e sem medo de errar ao citar cidades como Cajazeiras, Patos, Sousa e todo o sertão paraibano. E, claro, não poderia deixar de mencionar a Rainha da Borborema, Campina Grande, onde temos profissionais exemplares no 2º BPM e também no 10º Batalhão, responsáveis por uma vasta região e que desenvolvem um trabalho de excelência.
Os números não mentem: o Maior São João do Mundo é prova viva disso. A criminalidade na cidade tem caído ano após ano. Há pouco, recebi um comunicado do subcomandante do 2º BPM, Major Tiago Di Lelis, informando que equipes valorosas daquela unidade recuperaram uma moto roubada e conduziram à Cidade da Polícia 2 elementos portando arma de fogo. Ontem mesmo, a ROTAM daquela cidade realizou uma prisão importante envolvendo notas falsas — um criminoso jogou uma sacola fora ao avistar os policiais, mas graças à inteligência da equipe, a casa caiu.
É fácil receber prêmios quando se tem homens e mulheres destemidos, prontos para o combate. Mas, ao mesmo tempo em que fico feliz com os números, hoje me deparo com uma tristeza: está em minhas mãos uma relação com possíveis mudanças de comando. Alguns dizem que é para “oxigenar”. Eu desafio essa lógica.
O apelo vai direto ao senhor João Azevêdo, governador do nosso estado e líder maior das forças de segurança. A alternância deve ocorrer quando os resultados não estão vindo. Mas não é isso que está acontecendo em áreas como a do 1º BPM, e principalmente na área da 4ª CIPM, sediada em Bayeux, onde temos visto avanços, prisões históricas, uso de tecnologia e, sobretudo, vontade de trabalhar.
Não posso deixar de destacar também o excelente trabalho do Tenente-Coronel Lucas, comandante do Batalhão de Trânsito da Paraíba. Ele pegou uma estrutura sucateada, e quem afirma isso sou eu, que conheço a realidade de perto — e transformou em um batalhão moderno, operacional, pronto para combater o crime. Lucas deu uma nova vida à tropa, com seu perfil técnico, operacional e inteligência estratégica. Tive a honra de conhecê-lo ainda jovem, assim como o Major Sena, que vem transformando a realidade da segurança em Bayeux, garantindo mais tranquilidade à população.
Governador, está em suas mãos: o senhor pode seguir rumo ao Senado com uma imagem de gestor responsável, que acertou na segurança pública. Mas, se essas mudanças forem levadas adiante e tudo o que foi conquistado ruir, a responsabilidade também cairá sobre sua imagem como administrador.
Graças à sua liderança, ao trabalho do Dr. Jean Nunes e do Coronel Sérgio Fonseca, temos hoje um time vencedor. E aqui deixo minha opinião — dura, mas necessária: time que está ganhando, não se mexe. Fica a dica de quem convive no meio da segurança pública há mais de 30 anos, com honra, orgulho e história ao lado de homens e mulheres valorosos.
Então, mais do que o direito, tenho o dever de me posicionar. Que Deus nos abençoe, nos proteja e que, se tudo der errado, minha consciência estará tranquila: não me calei diante de tamanha injustiça. Quem acerta deve ser promovido, reconhecido — e não exonerado.