Hoje, na bancada do CPAD Notícias — programa muito bem comandado pelo pastor Isaac Venerando e uma grande equipe — tivemos a grata satisfação de entrevistar o coronel Sobreira, que tem uma história bonita e longa de serviços prestados ao povo paraibano. Foram 31 anos dedicados à briosa Polícia Militar do Estado da Paraíba. Nesse tempo, comandou batalhões, companhias independentes e teve também uma atuação marcante na área de trânsito em nosso estado.
Durante nossa conversa, o coronel fez uma observação interessante e bastante pertinente sobre o trânsito. Ele questionou de forma sincera e direta o que considera uma contradição: como é que um carro pode sair de fábrica com um velocímetro marcando mais de 200 km/h, e mesmo assim as pessoas só podem dirigir a 40, 60 ou 80 km/h? “É lei, temos que respeitar”, disse ele, “mas não deixa de ser algo difícil de entender”. É esse tipo de reflexão que mostra a preocupação dele com a lógica por trás das normas — sempre com o olhar voltado para o cidadão.
O coronel sempre enxergou as situações com clareza e firmeza. Suas opiniões são diretas, embasadas e, acima de tudo, voltadas para o bem público. É a visão de um homem sério, que entregou a vida inteira ao serviço de quem mais precisa. Um verdadeiro patriota.
Durante a entrevista, também tivemos, por telefone, a honra de conversar com o comandante-geral da PMPB, nosso caveira, coronel Sérgio Fonseca. Ele abrilhantou ainda mais o programa, trazendo dados importantes dos últimos dias, principalmente sobre as ações da Polícia Militar nas festas de São João espalhadas pelo estado.
Com firmeza, clareza e altivez, o coronel falou das prisões, apreensões e também das dificuldades enfrentadas pela tropa diante das leis atuais. Deixou claro o descontentamento de muitos policiais que, após prenderem criminosos, acabam passando mais tempo na delegacia do que os próprios meliantes. É uma fala dura, mas necessária.
Comentei ainda sobre um caso recente no litoral sul, onde jovens alugaram uma casa e, ao postarem nas redes sociais que estavam em uma festinha, o local foi invadido e duas jovens perderam a vida. Como repórter policial há 31 anos, fiz uma comparação que costumo fazer: vejo esse tipo de crime com traços passionais. As pessoas se juntam, fazem festa, bebem, e outras coisas que não sabemos — apenas imaginamos.
O coronel respondeu com propriedade: “Infelizmente, Caveira, essas situações existem. E quando a gente fica sabendo, a festa já tá rolando.” Relembrou diversas festas que ele mesmo já encerrou — em lajes, à beira da linha, em Mandacaru — e por isso foi criticado, chamado de intransigente. Mas reafirmou: onde ele souber que há esse tipo de situação, vai agir. Infelizmente, neste caso, a informação chegou tarde demais.
Mas também falamos de números — e eles são positivos: armas tiradas de circulação, criminosos presos, vidas salvas. A PMPB tem dado um show. O comandante mencionou cidades de destaque, como Cabedelo, com o excelente trabalho da Major Viviane. Na hora, eu lembrei: “E Bayeux?” Ele respondeu: “Com o coronel Sena.” Brinquei: “Opa, coronel? O senhor já tá dando o furo da promoção?” E ele concordou: Sena é merecedor.
Também comentei que o Major Sena sempre o defende com dignidade e respeito. Relembrei de quando fiquei chateado por ainda não ter recebido a Medalha Coronel Elísio Sobreira — patrono da nossa Polícia Militar — e ao ligar para o Major, ele não se aproveitou da situação para alimentar qualquer tipo de intriga. Pelo contrário, foi leal, correto. O comandante reconheceu na hora: “Sena é um grande oficial.” E todos sabemos disso. É homem de batalha.
Brinquei de novo: “Comandante, tenho 31 anos servindo aos senhores… Já sou velho! Posso fazer um pedido? Troque essa medalha aqui.” Sei que vem promoção por aí: do Tenente-Coronel Flávio, comandante do 1º BPM, e do Tenente-Coronel Lucas, da BPTRAN — grandes nomes que, como o senhor, vieram da pedra quente.”
Pedi, inclusive, ao governador, ao secretário Jean Nunes e agora peço ao senhor: não deixem esses homens irem pra casa. A PM precisa deles, assim como precisa da continuidade do trabalho plantado lá atrás, por nomes como o próprio coronel Sobreira, que estava ao meu lado no estúdio, o coronel Kelson, e tantos outros.
Fiz ainda uma lembrança carinhosa ao comando do 2º BPM, em Campina Grande, onde sou sempre muito bem recebido pelo Tenente-Coronel Moreira e pelo Major Tiago. E brinquei: “Comandante, já que sou antigo, libera aí uma circular pros batalhões deixarem sempre um cafezinho pronto quando eu chegar!” (risos)
Enfim, esse é o meu jeito de fazer rádio. Esse é o meu jeito de fazer jornalismo. É o meu jeito de me importar — seja no YouTube, nas ondas da rádio, no Instagram ou no meu portal de notícias. E é graças a você, leitor, que me acompanha, que tudo isso faz sentido. Faço com amor e com orgulho.
Quer ouvir tudo na íntegra? Vai lá no nosso canal no YouTube: Rádio CPAD FM 96,1. Lá você confere toda essa conversa com o coronel Sobreira e com o nosso comandante-geral, coronel Sérgio Fonseca. Tá imperdível!