Segundo o contador da 123milhas, mediante as circunstâncias não é possível avaliar saúde financeira da empresa.

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Segundo o contador de saúde financeira da 123milhas, Sebastião Marco dos Santos, ele não conseguiu avaliar as operações da empresa e sua capacidade de cumprir suas obrigações contratuais. Ele foi testemunha da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmide Financeiras, que investiga crimes de envolvendo criptomoedas.
Ele disse que não era responsável pela situação financeira da empresa e não tinha uma visão abrangente dos danos. Sobre o desempenho da empresa no último trimestre, disse não se lembrar de muita coisa, fora o fechamento feito no último semestre.
Segundo ele, o prejuízo acumulado da empresa chegou a R$ 1,6 bilhão em junho. Ele estava testemunhando sob juramento e observou que não era capaz de administrar adequadamente o fluxo financeiro da empresa. Ele afirmou ainda que a empresa já estava com problemas em agosto, quando a 123milhas entrou com pedido de recuperação judicial.
Respondendo a uma pergunta do presidente da CPI, deputado Áureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), o executivo alegou sigilo profissional para não responder à pergunta, quando questionado se havia planos para enfrentar a crise por via de ajustes contabilísticos. Ele também perguntou se havia um fundo que pudesse ser usado para compensar os clientes prejudicados com o fim da sua modalidade promocional.
Questionado sobre as irregularidades nas demonstrações financeiras da empresa, o contador disse que não poderia dar uma resposta abrangente devido ao escopo do negócio. O deputado Alfredo Gaspar (União-AL), perguntou então ao contador se havia alguma irregularidade na contabilidade da empresa. Ele destacou que a empresa possuía certidões negativas relacionadas às suas obrigações tributárias.
Segundo o contador, os pagamentos feitos aos funcionários eram regulares e ele não tinha conhecimento de problemas com a folha de pagamento da empresa.

Durante audiência na comissão, Alberto Fajerman, representante da GOL, explicou que a empresa não poderia mais bloquear as operações das 123milhas porque não participou diretamente da compra das milhas, “Jamais um CNPJ 123milhas adquiriu milhas na Gol, como eles conseguiram as milhas, a gente imagina que seja fazendo algum negócio com titulares do programa, mas a gente não tem nenhum conhecimento oficial de que isso acontecia”, disse.
Em resposta a uma consulta do comitê que investiga os esquemas de pirâmide financeira, o contabilista disse que não poderia dar uma resposta adequada devido ao âmbito de negócios da empresa. Ele também destacou que não tinha conhecimento de como a empresa adquiriu as milhas da Gol. Fajerman explicou que a GOL não registra as milhas acumuladas, exceto em casos de compras discrepantes.
O executivo lembrou que o dono das milhas pode distribuir passagens para até 25 clientes. Apesar disso, o executivo sustentou que as milhas não são uma moeda e são apenas uma expectativa de benefícios futuros e não uma moeda como defendem os deputados Aureo Ribeiro, Ricardo Silva (PSD-SP), relator da CPI, e Caio Vianna (PSD-RJ), os quais são favoráveis à regulamentação do mercado de milhas.


(Foto: Reprodução / Imagem compartilhada pelo WhatsApp)

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