Departamento Estadual de Trânsito (Detran-PB) em parceria com a Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil na Paraíba, Polícia Rodoviária Federal (PRF-PB) e Secretaria Executiva de Mobilidade Urbana (Semob-João Pessoa) encerrou, nessa terça-feira (26), o 1º Simpósio das Mulheres no Trânsito, no auditório da OAB, em Campina Grande.
A última edição do projeto que celebrou o mês dedicado às mulheres trouxe à tona o debate em torno da ocupação dos espaços da mulher, inclusive no trânsito, quando se constatou o comportamento seguro e responsável das condutoras de veículos nas vias e rodovias estaduais e federais.
O evento contou com a participação do superintendente do Detran-PB, Isaías Gualberto; da diretora de Operações, Roberta Neiva; da coordenadora de Educação para o Trânsito, Ariana Nogueira; do chefe da 1ª Ciretran, Renato Maracajá, da presidente da Comissão Especial de Trânsito da OAB, Giordana Coutinho, além de representantes da PRF, Semob-João Pessoa, Ministério Público, Polícia Civil, Assembleia Legislativa da Paraíba, Câmara Municipal de Campina Grande, Superintendência de Trânsito e Transportes Públicos (STTP-Campina Grande), servidores das entidades e órgãos envolvidos e de alunos da Escola Estadual Félix Araújo, sediada naquele município.
Durante o simpósio, o superintendente Isaías Gualberto lamentou o alto índice de mortes no trânsito. “No Brasil, os sinistros de trânsito matam mais que o câncer e, na sua maioria, ocorrem por imprudência dos condutores, principalmente motociclistas homens”. Para ele, as mulheres dirigem melhor, “tanto é que cometem menos infrações e morrem menos”.
A edição de encerramento do 1º Simpósio das Mulheres no Trânsito foi enriquecido pela palestra da diretora de Operações do Detran-PB. Sob o tema “Trânsito seguro: desafio para muitos”, Roberta Neiva dissertou sobre o papel da mulher em todos os espaços, mas em igualdade com os homens. “Somos 6 milhões de mulheres a mais que os homens e morremos 20% menos que eles”, assegurou.
Ela falou da segregação racial e ilustrou com o sonho pela igualdade de Martin Luther King para discorrer sobre esperança e futuro, relacionado ao grande desafio de conter os sinistros e mortes no trânsito. “Na 1ª Década de Ação pela Segurança no Trânsito, de 2010 a 2019, instituída pela ONU, a meta seria de 50% de redução de acidentes, mas no Brasil aumentou e 150% desse aumento envolveram motociclistas”.
Para a 2ª Década de Ação pela Segurança no Trânsito, de 2020 a 2030, surge nova meta de redução de 50%. Para a palestrante Roberta Neiva, se faz necessário apostar nas ações integradas, por meio das campanhas pela paz no trânsito, dos comitês municipais e das ações e estatísticas do Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans).
Ela ainda destacou o papel fundamental da Educação e das campanhas do Maio Amarelo sobre o tema “Paz no trânsito começa por você”. Para Roberta Neiva, é preciso trabalhar no sentido de que todos voltem pra casa em segurança e em paz.
Concluiu ressaltando a importância do evento. “Esse simpósio é para falar sobre mulheres e valorizar as mulheres que estão perto da gente e que estão fazendo a diferença. Em 2030, nós não vamos precisar de um 8 de Março, porque seremos reconhecidas”.
Durante o mês de março, o Detran-PB iniciou a série de simpósios alusivos às mulheres no trânsito, englobando as cinco regiões do Estado. A primeira aconteceu no município de Patos, seguida por Cajazeiras, Guarabira, João Pessoa e Campina Grande.
