Durante sua participação no Caveirão Podcast, o Coronel Magno, da Polícia Militar da Paraíba, tratou de um tema que afeta milhares de famílias diariamente: o abuso sonoro. A pauta surgiu quando o comandante foi questionado sobre como lidar com infratores que, mesmo em situação de vulnerabilidade social, insistem em ligar sons altos, paredões e equipamentos que perturbam toda a vizinhança.
Com leveza, mas com absoluta firmeza técnica, o Coronel foi direto ao ponto:
“Todos sabemos dos nossos deveres e obrigações. Não podemos constranger as demais pessoas. Sejamos conscientes. Um abuso sonoro pode começar como discussão e terminar em morte.”
O comandante destacou que a falta de respeito ao próximo não pode ser justificada por nenhuma dificuldade pessoal. Segundo ele, o papel da Polícia Militar é proteger o cidadão — inclusive daquele que, por imprudência, coloca a paz da comunidade em risco.
Três viaturas para garantir segurança da guarnição
Uma das declarações que mais chamaram atenção foi a mudança já determinada nos procedimentos operacionais. A partir de agora, ocorrências de som alto não serão mais atendidas por uma única patrulha.
“Ao atender ocorrência de som alto, não vai mais uma patrulha só. Vai três. Porque muitos se acham machões e querem discutir com dois policiais. Quero ver discutir com quinze.”
A medida, segundo o comandante, visa garantir a segurança dos próprios policiais e assegurar que o atendimento seja realizado de forma rápida, técnica e sem abertura para confrontos desnecessários.
Cumprir a lei, não negociar com ela
O Coronel Magno também reforçou que a Polícia Militar não age por vontade própria, mas pelo que determina a legislação. O procedimento é claro:
“Eu não inventei a lei. Não vou por prazer. Vou porque é minha obrigação.”
Ele explicou que, ao ser acionada por abuso sonoro — seja de paredão, carro ou residência — a PMPB vai ao local, tenta inicialmente a conciliação caso haja reclamante e, persistindo o abuso, o caso segue para a delegacia. Lá, é feito o auto de prisão em flagrante, e as provas são encaminhadas para a Justiça, que pode aplicar as penalidades previstas, incluindo multas.
“O seu direito começa quando o do outro termina”
Encerrando sua fala, o comandante deixou um recado que resume todo o debate:
“O seu direito começa quando o do outro termina. E vice-versa. É melhor viver na paz.”
A fala do Coronel Magno ecoa um sentimento crescente entre moradores de várias regiões: o respeito ao silêncio alheio não é luxo — é convivência básica. A Polícia Militar da Paraíba reforça que continuará atuando, com equilíbrio e firmeza, para garantir que a paz prevaleça nos bairros, comunidades e cidades do estado.
